quinta-feira, 31 de julho de 2008

Tratamento diferenciado e antidemocrático

As empresas prestadoras de serviços públicos não dão o mesmo tratamento de prestação de serviços aos moradores da Zona Norte. Tudo é mais lento e cheio de entraves. Na Zona da Leopoldina é pior ainda. Um pequeno, mas dispendioso buraco (embaixo dele vaza muita água potável, a qual a Cedae manda economizarmos como um dos bens mais preciosos da vida), devidamente notificado à instituição pública responsável a tempo e a hora, após meses de espera pelo conserto vai virar uma lagoa, tragando toda a calçada e afetando a tubulação de esgoto, como já está quase acontecendo à Rua Uranos, 1.414. Quem sabe ali possa surgir um futuro buraco do Lume. Aí o custo, em todos os sentidos, será muito grande. No Rio de Janeiro há uma rua que está há quatro meses sem água (Jacarepaguá), como mostrou ontem matéria jornalística na TV. Será que a Cedae vai querer que isto afete a principal via da Zona da Leopoldina, a Rua Uranos? Sim, porque um probleminha pode virar um grande caos. Em tempo. Este tipo de problema na Zona Sul não dura mais do que 48 horas. Parece que o cidadão da Zona Norte é menos cidadão do que o da Zona Sul, embora a tarifa d'água para ambos seja a mesma. Enquanto a Prece (Previdência dos empregados da Cedae) patrocina espetáculos de música erudita e teatro para ricos, o que se deveria pedir a ela é para patrocinar os consertos urgentes na Zona Norte, tão cheia de espetáculos degradantes de poças de lama, crateras vulcânicas, ralos inexistentes, bueiros e esgotos entupidos etc. Mas aí, a Prece já é outra. E só rezando.

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